segunda-feira, 28 de novembro de 2011

comilanças: langós na Hungria

Almoço de primeira: lángos, sopa (que veio de brinde) e cerveja
Eu simplesmente amo pizza. Disparado, minha refeição preferida.
E quando chegamos na Hungria, descobri uma das maiores delícias do mundo: a pizza húngara - lángos.
Há muitos anos atrás o lángos era feito em um forno parecido com uns fornos de assar biscoito que também já foram comuns no Brasil.  Com o tempo, esse tipo de forno quase deixou de existit, pois é impossível ter um desses em um apartamento ou em uma casa pequena. Ao invés de abrir mão da delícia, os húngaros adaptaram a receita e começaram a fritar a massa ao invés de assar. E como, definitivamente, fritura é sinônimo de sabor, o resultado é maravilhoso!
Ao contrário da pizza tradicional, a versão moderna do lángos recebe o recheio depois da massa ser frita. A versão mais pedida entre os húngaros é a mais simples de todas: manteiga de alho, uma espécie de iogurte e queijo ralado. Mas como o recheio é colocado na hora, fica tudo à escolha do cliente!
Quando fomos em Szentendre, uma cidadezinha perto de Budapeste, achamos um lugar que produzia a versão tradicional da delícia. É claro que tivemos que provar também, né?
Essa é uma das comidas que já até pesquisei a receita na internet, pois vale a pena a empreitada!
Langós sendo preparado da forma tradicional,
em Szentendre
Hum, água na boca, hein?
Langós de 
Szentendre


No mercado de Budapeste: boca pouco cheia
durante a comilança - ao fundo, a placa do bar
especializado (e sempre cheio)



comilanças: pierogi na Polônia

O prato mais famoso da Polônia é o pierogi. É parecido com um ravióli, mas é só aparência... A massa é bem diferente, bem mais pesada - além de poder ser cozido ou frito. E, a diferença principal: não tem molho! Isso mesmo: para comer o pierogi você até pode pedir por um molho, mas ele vem em uma vasilha separada e você mergulha o pierogi lá. E os molhos são bem simples, um dia comemos apenas com manteiga derretida.
Os recheios são os mais variados possíveis. As opções mais comuns são bacon com batatas,  carne de porco, repolho ou cogumelos selvagens - delícia!
Como somos meio esfomeados, a primeira vez que fomos em um restaurante provar o tão famoso prato, pensamos que tínhamos sido enganados... cada porção vinha com nove ou doze unidades. Pedimos o com nove (um para cada um) só porque a garçonete falou que era mais do que suficiente. Quando chegou, falamos ao mesmo tempo: "ih, mais uma vez nossa fome foi subestimada, isso aqui tá muito pequeno..." Mas custamos a comer tudo, porque a massa é mesmo muito diferente de tudo que já provamos antes, e bem mais pesada.
Mas a delícia polonesa foi super aprovada e repetimos a dose várias dias para experimentar as diferentes versões. Por ser um prato muito tradicional, é muito fácil de achar - além de ser muito barato.
O restaurante mais famoso de Cracóvia e Varsóvia é o Zapiecek (fotos abaixo). As funcionárias trabalham com roupas típicas e a decoração é linda! Ah, o mais importante: tudo que comemos estava delicioso!
Hum, deu água na boca de lembrar!
Um prato super suculento de pierogis!
E as garçonetes do Zapiecek.


O cartaz do Zapiecek com outras comidas típicas polonesas que estão no cardápio:
pierogi, uma carne que não sei qual é (não é meu departamento),
uma espécie de panqueca, sopa, e um "cachorro quente aberto".
Para quem tiver disposição: se deu água na boca, no site do Zapiecek você pode aprender a receita tradicional do pierogi. Se o polonês não estiver afiado, a barra de tradução do google ajuda muito!
E também é possível ver o cardápio clicando aqui. A Polônia não faz parte da zona do Euro, então não se esqueça de converter os valores e dar um grande sorriso quando ver o preço em reais...

domingo, 27 de novembro de 2011

prato cheio

Há alguns anos atrás conhecemos um casal "internacional" que estava morando aqui em Belo Horizonte. Um  austríaco e uma alemã. Em certa ocasião, eles ganharam uma cesta de frutas e eu, que acompanhava curiosa a cena, fiquei impressionada: eles nunca tinham comprado nada que já não conhecessem antes. E - claro - foi ótimo ver a "boca boa" que eles faziam quando provavam cada uma das novidades.
"- Mas por que vocês nunca compraram nada de diferente antes?", perguntei.
"- Porque não sabíamos como se comia essas coisas..."
No início, fiquei encucada com a resposta. Como assim, "não sabia como se comia?" Depois, até entendi. Vai que eles resolviam comprar um pequi achando que era algum parente distante de um pêssego, por exemplo. Hospital, na certa.
Mas acho que nós acabamos nos arriscando mais do que eles, pois provamos tudo de diferente que nos aparecia.
Vou (tentar) nos próximos dias mostrar algumas das "experiências do paladar"!
Abraços de quem ainda está por aqui!