Istambul é conhecida como a porta do Oriente: a cidade é dividida pelo Estreito de Bósforo que separa a parte européia da parte asiática. Ontem fomos pela primeira vez do outro lado. Existem três formas de se chegar a alguma das diversas partes asiáticas de Istambul: atravessando a ponte que liga os dois lados - o percurso pode ser feito de carro, ônibus ou a pé - ou pegar um barco. A última opção venceu com a unanimidade de dois votos!
Tinha lido sobre um passeio turístico de seis horas e que custa 25TL*, mas que apenas pára em uma pequena comunidade de pescadores, onde só existe um castelo (fechado para o público) e alguns restaurantes bem caros. Quase desembolsamos, mas acho que o ar da Turquia fez com que o espírito negociador se manifestasse em nós! Ao que parece, esse passeio turístico não é lá grandes coisas e, como pessoas com horror a excursões que somos, estávamos com medo de, de repente, nos sentirmos parte de uma.
É claro que tinha que existir outra opção, pois quem mora aqui também pode ir de um lado para outro pela via marítima sem pagar tanto. A tempo, descobrimos um barco, que faz parte do transporte público de Istambul, que faz o mesmo trajeto do barco de turistas, mas cobra só 1,75TL por trajeto. Nada mal. E quando vimos algumas diferenças básicas entre os dois barcos, me senti mais no lucro ainda: o turístico é lotado e parece ser impossível conseguir um espaço para uma boa foto, enquanto o barco público é bem vazio - além de podermos ir e voltar quando quisermos.
Assim, pisamos, digamos assim, na pontinha da Ásia. Fomos para os bairros de Uskudar e Kadikoy - ambos bem diferentes da loucura turística do antigo centro histórico da parte europeia.
Almoçamos em restaurantes bem locais e nos comunicamos com os garçons praticamente só com gestos. A minha sorte é que a palavra vegetariana é mais ou menos parecida em turco. Depois do almoço, tomamos uns oito chás em uma casa de chás. Geralmente, eles nem têm cardápios, pois o único produto à venda é chá de maçã - o cafezinho dos turcos.
Mais do que estar na Ásia, foi também ótimo ter visto um pouco do dia-a-dia das pessoas, fora do tumultuado centro turístico onde todos são vendedores e - sobretudo - negociantes.
*TL: lira turca, a moeda do país. Atualmente, uma lira turca vale pouco mais do que um real (uns três centavos).
Tinha lido sobre um passeio turístico de seis horas e que custa 25TL*, mas que apenas pára em uma pequena comunidade de pescadores, onde só existe um castelo (fechado para o público) e alguns restaurantes bem caros. Quase desembolsamos, mas acho que o ar da Turquia fez com que o espírito negociador se manifestasse em nós! Ao que parece, esse passeio turístico não é lá grandes coisas e, como pessoas com horror a excursões que somos, estávamos com medo de, de repente, nos sentirmos parte de uma.
No barco, com locais ao invés de turistas, de frente para uma das estações de Kadikoy |
Assim, pisamos, digamos assim, na pontinha da Ásia. Fomos para os bairros de Uskudar e Kadikoy - ambos bem diferentes da loucura turística do antigo centro histórico da parte europeia.
Em uma típica "casa de chá", em Uskudar. |
Mais do que estar na Ásia, foi também ótimo ter visto um pouco do dia-a-dia das pessoas, fora do tumultuado centro turístico onde todos são vendedores e - sobretudo - negociantes.
*TL: lira turca, a moeda do país. Atualmente, uma lira turca vale pouco mais do que um real (uns três centavos).
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