sábado, 25 de junho de 2011

com uns "mils" no bolso

Quem aí se lembra da época da alta inflação no Brasil, quando de manhã um cafezinho no bar da esquina custava mil e no final da tarde custava mil e trezentos? Pois é, eu ainda era criança e isso, é claro, não era um problema para mim. Mas desde quando chegamos em Budapeste, tem sido difícil fazer tantas contas. Na Hungria, a inflação não é o "monstro" que era no Brasil. Na verdade, nem sei se chega a ser um problema. O problema é que o Florim Húngaro não tem muita força: um real equivale a 118 florins! E como nosso dinheiro está todo em euros, a conversão fica ainda mais injusta: um eurinho vira mais de 260 florins!
Assim que descemos do ônibus vindo de Viena para cá, fomos em um caixa eletrônico. Opções de saque: 5.000, 10.000, 20.000, 50.000 ou 100.000. Óh céus, quanto zero! Sacamos 20 mil: uma nota de 10 (mil) e duas de 5 (mil). Confesso que na hora me deu um certo medo - "nossa, a gente com esse dinheirão todo, carregando essas malas tão pesadas... devíamos pegar um táxi ao invés de um metrô". Mas nem era tanto dinheiro assim.
Mais difícil do que ficar fazendo a conversão o tempo todo, é "reacostumar o cérebro" para conseguir ver que, por exemplo, uma cerveja a 300 florins é uma pechincha! Um quilo de cerejas por 350 florins, nem se fala! Principalmente depois de ter morado um tempo em Dublin, onde tudo é tão caro, estar em um lugar com preços tão "honestos" é estar no paraíso. Um dos motivos que fez com que mudássemos a rota da nossa viagem: os cinco dias que planejávamos ficar vão ser quase multiplicados por dois. Tiramos Munique dos planos para ter mais tempo em Budapeste. Outra conversão na qual saímos ganhando.

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