quarta-feira, 22 de junho de 2011

a valsa vienense*

Viena foi uma feliz surpresa no nosso percurso. Se antes de começar a ler sobre os países da Europa eu tivesse que já escolher onde queria ir, com certeza a Áustria ficaria de fora. Felizmente, uma viagem não se faz sem planejamento, e seria um grande erro se não tivéssemos passado por esse destino.
Foi em Viena que entendi o que é o tal do "primeiro mundo". Ontem, vimos dois amigos discutindo porque um deles atravessou a rua sem que o sinal de pedestres estivesse aberto. Detalhe: a rua estava completamente deserta, nenhum carro à vista. Então, por que esperar pelo sinal? Talvez pelo simples fato de se existe uma lei, ela tem que ser seguida para que tudo funcione bem.
Uma parte da fachada do Teatro da Ópera

Além da ordem, limpeza, organização, educação e etcs, a cidade tem milhões de pontos turísticos e coisas para se fazer. Fomos comemorar nosso aniversário de namoro (pois é, todo mês comemoramos, até hoje) em um dos mais tradicionais eventos da cidade: a ópera! O enorme - e lindo - prédio da Ópera de Viena, sedia espetáculos musicais (concertos, balés e, claro, óperas) todos os dias. O ingresso mais caro custa, mais ou menos, 200 euros. Mas quem, como nós, ainda conta as moedinhas não precisa ficar de fora, porque o ingresso mais barato custa só 3 eurinhos! Quem não quer gastar absolutamente nada também tem vez: durante o verão todas as apresentações são transmitidas ao vivo em um enorme telão colocado na lateral do prédio, juntamente com várias cadeiras. Impossível reclamar!
No Teatro da Ópera - finalmente pudemos usar nossas
roupas "chiques" que estavam mofando na mala
desde que viemos do Brasil.
Os dias de Viena se foram tão rápido que nem tivemos tempo de escrever. Hoje chegamos na Hungria, em Budapeste - um dos lugares que sempre estiveram na "minha lista". Várias estórias ficaram para trás e vamos contá-las qualquer dia.

*a valsa vienense: o título não se encaixa muito com o texto, eu sei. Mas há muito tempo descobri que Viena deveria ter alguma relação com música por causa de um verso do poema José, do Drummond. Eu só não imaginava que a atmosfera musical da cidade fosse tão forte, tão viva. Depois de conhecer Viena, fiquei com a sensação de ter conseguido entender um pouco mais o poema.

[...] Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você cansasse,
se você morresse
Mas você não morre,
você é duro, José! [...]
Memorial Mozart, no Buggarten - um dos jardins
do antigo palácio dos Habsburgos.


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